terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Toalhas de prato

Faz mais de um ano que eu não escrevo por aqui. Talvez 2019 tenha passado e eu nem vi.
Confesso que agora estou de férias e me bateu uma saudade tão grande daqui...

Essa é a minha vó Jenny.




 Já falei dela por aqui. Atualmente, com 92 anos, seu passatempo favorito é fazer crochê ao redor de toalhas de prato.  Ela cuida a cor, os detalhes, a firmeza nos pontos para que nada se desfaça. Ela vive ao redor do fogão à lenha e partilha os momentos da vida sempre com muito bom humor. Ela é uma figura! Pois bem, fazia um tempo que ela não costurava, bordava ou se envolvia com alguma coisa como agora. Algo que ela realmente gostasse. Um de seus filhos, quando criança, morreu. Durante a gestação do meu pai, sua amada sogra também veio a falecer. Passou um tempo e, por volta dos meus dois anos, meu avô descobriu um câncer de próstata que também o levou daqui. Dessa forma ela foi vivendo, rezando e convivendo com as peças nem tão fáceis que a vida dá. Foi então que em 2014 nona Jenny perdeu mais um filho. O primogênito. Seu mundo parecia ter fim. A dor, ainda que abruptamente forte, não deixou que a minha amada senhora caísse. Ela é forte, muito forte. Não forte por suas próprias pernas ou méritos. Ela é forte porque busca e confia em Deus. Hoje, em 2020, eu vim falar dela. É que faz uns três ou quatro meses que recebo diversas toalhas de prato. Começou com uma toalha singela, de crochê humilde e ponto a se desfazer, todavia, ela foi pegando a prática, como nos velhos tempos, e agora contabiliza em torno de 84 toalhas de prato feitas! (Não todas pra mim, é claro).  
Sabe o que isso significa? Força de vontade! Desejo pela vida, anseio por se tornar útil! Significa TRABALHO. 

Posso ir mais longe também... Eu sou a última neta e ainda não casei. (risos). Acredito que isso explica muita coisa. Me alegro porque vejo nessas toalhas de prato a aposta que ela faz em mim e no Rodrigo. Em nós, como casal. Do jeito dela, como ela consegue, ela me presenteia e agracia com aquilo que, manualmente, faz de melhor. Afinal, ela reza, e isso é, com certeza, o seu melhor feito. As melhores "coisas" não são vistas, na verdade. 

Domingo recebi dois pacotes com mais 10 toalhas de prato e.... contando. hehe

Desejo que ela tenha muita saúde para seguir fazendo infinitas toalhas de prato com muita alegria Ela me inspira, alegra, evoca um desejo de querer viver ainda mais. Para você, leitor, convido a achar algo que lhe proporcione fruição também e invista nisso. Seja útil, seja humilde nas pequenas coisas. A recompensa é grandiosa!
E sabe o melhor de tudo? Essa recompensa ninguém vê, só sente.... E cá entre nós: tem coisa melhor do que isso? 



terça-feira, 26 de junho de 2018

Sensacionalismo barato


Escrito inspirado a partir de algumas vivências minhas do ano passado. Trabalho incentivado pela minha professora de letras Sabrina Vier. 

Era assim que eu me sentia. O cabelo bagunçado, o corpo malcuidado, caída e sem vontade. Era assim que eu me sentia. Todas as manhãs não tinha vontade de sair, as vezes “rolava” até choro porque eu continuava a insistir: Eu não estava bem e era assim que eu me sentia. Alguns me davam força, outros diziam que eu não iria aguentar. O lugar não era bom e eu acredito que isso pode transformar. Afinal, acredite, meu leitor, era exatamente assim que eu me sentia.
Formada no magistério, cheia de gás, como uma criança com a boca cheia de doce. Feliz. Ingressei nessa vida nova.... Foi então que aconteceu. Vários me perguntavam, o que tu tens que passas tão rápido? Que bicho te mordeu? Eu fugia. A pressão era grande, o medo maior ainda. Me comparava com um estudante no final de domingo e olha que eu gostava de ir à escola... Das cores que saíam de mim, ao sorriso que orgulho-me apresentar no rosto. Nada mais estava aqui! Era assim que eu me sentia. Pode parecer exagero, como um sensacionalismo que consumimos por aí, mas acredita em mim, era assim, assim mesmo que eu me sentia. Pensei em desistir, no entanto, “gringa” não foge da luta. Ou foge também.... Quem pode dizer? Todavia eu, eu não queria!
 Eu sei que aprendi. Finalizei o ano e me demiti. Ainda não entendo como mudamos tão rápido! Ou nos adaptamos. Fingimos nos adaptar. Nos acostumamos. Nos calamos. Nos enganamos. Seguimos. Para você que não entendeu nada, não se preocupe, eu também não entendi. Sabe o melhor remédio? Se dar conta. Agir! Eu saí! Hoje posso dizer, estou bem. Cultivo em mim aquela criança que ainda vê pudim em lata de leite condensado.... Antes eu não via. Tinha 18 anos e não via. Um ano. Um ano bastou para eu mudar e me dar conta que não queria aquilo para mim. Não daquele jeito. O mundo pode ser ruim as vezes, mas faz dele um lugar para ti. Te apega nisso!
Acordava de manhã. Tomava um café e ia. Carros passavam, pais de alunos chegavam e eu seguia. O sol sumia, a temperatura caía e eu fugia. Era assim que eu me sentia.

Obrigada, Laura

Relato postado em uma rede social, no dia 24/05

Hoje a manhã não foi totalmente boa. Recebi nos dez primeiros minutos de aula,  duas notícias bem tristes relacionadas com dois alunos meus... Precisei amparar o choro,  mesmo sem saber como lidar com a situação. Eram olhos que miravam em mim a espera por um consolo que não estava preparada para dar. O choque foi grande,  mas a força sempre vem. Porque o abraço,  ainda hoje,  é a melhor opção. O estar junto. Duvido encontrar alguém que goste de viver sempre sozinho. Somos pessoas que precisam do todo,  dos outros... E mesmo que me digam que solidão é a resposta,  eu digo que não. Que só gente complete a gente. Hoje a manhã não foi totalmente boa,  mas tudo nos faz crescer. E nos faz lembrar. E não nos deixa esquecer que o choque pode ser grande,  no entanto,  a força sempre vem. Obrigada,  Laura!





Regenerar o melhor em nós

Quando pequena,  as férias de verão eram uma euforia. Ir na Vó Emília significava quase um sinônimo de "liberdade ". Eu podia fazer o que quisesse... Era acompanhada das mais loucas e divertidas sensações. Presenciava descobertas e autodescobertas.. Desde o escorregar na grama com folha de bananeira;  até o desbravamento das "florestas" e terras distantes.  Os clubinhos das primas,  piqueniques,  butiás e coquinhos. Tudo era tão maravilhoso,  mas tão mágico,  que as horas voavam. Tinha riacho gelado e tanque mais gelado ainda. Afinal,  todo mundo sabe que : criança querendo aprontar não sente frio! Era sangue suga no pé e mosquito para todo lado!O encantamento nunca se perdia. Ao tardar dos dias,  eu ia me esquecendo daquilo que apertava o coração e,  aos poucos, " me tinha de novo". Nessa foto,  minha amada prima/irmã @milavbortoli registrou a euforia dessa que vos escreve. Me vejo ainda aquela menina quando me deparo com esse retratamento. A felicidade em rememorar tanto momento bom,  faz com que eu viva isso de novo. Tá aí,  um lugar de sentido... Precisamos buscar aquilo que regenera o melhor em nós.  Eu encontrei o meu . Ali vivenciei o q faltava. 🍃🌼



terça-feira, 19 de junho de 2018

Desacomodar


Estou sentada no carro. Da janela, vejo vários carros que passam sem cessar, de um lado para o outro. Tento imaginar a vida dessas pessoas que estão dentro de seus automóveis. Alguns conversam alegremente, gesticulam e dão risada. Outros permanecem quietos, vidrados. Meu pai acaba de me chamar. Olho rapidamente pela janela e vejo: um caminhão tombado. Várias pessoas em volta, me incentivando a divagar. O que a pessoa dentro desse caminhão estava fazendo? Não quero me acostumar. Gosto de imaginar. E esse casal de idosos? A senhora olha para nosso carro que parte, velozmente. Meu pai alimenta esse costume. Imagino a desaprovação da idosa. Vejo uma menina que viaja sozinha, concentrada, pensativa, compenetrada. Será que ela se sente como um estudante no final de domingo? Meu pai me olha pelo espelho, finge que não o faz, mas eu vejo que faz. Imagino o que está pensando... Ou não imagino também, homens são bem imprevisíveis... Vários carros seguem seu rumo ao norte, nós dobramos à direta. 

Tem também aqueles veículos com vidros foscos, escuros e neles meu divagar voa alto... Que tipo de pessoa trafega ali dentro? Que vida se esconde atrás desses vidros negros? Que história, que medo, que angústia, que felicidade esse carro guarda? A faixa da direita é tranquila, passamos por vários animais e plantações. Eu teimo em dizer que a vida monótona nessas casas solitárias me levaria à loucura! Vejo o ciclista deixar seu corpo ao ápice, determinado e forte. No acostamento, percebo moças que esperam para desempenhar seu “trabalho”? Seguimos a linha reta, o caminho preciso. Vamos para casa. Os meus pensamentos? Ah, eles são a companhia para a mente, o meu lar. Porque eu não quero, não quero mesmo me deixar acostumar. Prefiro sonhar e seguir olhando pela janela. A vida passa e eu não posso me acomodar.




quarta-feira, 13 de junho de 2018

Pura música

18/05/2018

O dia está chuvoso. Cheguei na parada de ônibus faz alguns minutos. Meio dia e meio. No banco, um jovem canta tocando seu violão, seu humilde violão. A música fala sobre Deus, quase uma súplica ao Pai. Ele está aqui, insistente. Ninguém o vê, ninguém dá atenção. Todos escutam. Seu canto é alto, muito alto mesmo. Meio desajeitado, seus dedos criam notas, criam vida a pouca vida que o "paradão" tem. Olho para ele e desvio o olhar. Sou como todos. Até que a música para e alguns observam. Eis que uma corda de seu violão rompe. Seu potinho não tem nada e, agora, sem aquela corda, a promessa é escassez a tarde inteira. Escassez nesse dia de chuva. Nada está o atrapalhando. Tímido, inicia outra canção. Alguns olham, eu olho. Vejo uma mulher que lia algum tipo de narrativa abrir a bolsa. Ela se compadece com o que vê.
Também me aproximo dele, envergonhada e pensativa. O que dizer sobre os planos de Deus? Da simplicidade do artista a minha frente ao cartaz que dizia: me ajude a comprar meu violão. Afinal, era só isso que ele queria. Pura música.



Para quem quiser ajudar, a crônica deu origem à ação! Segue o link da vaquinha para quem quiser contribuir com esse sonhador! 

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/uma-ajuda-ao-jovem-cantor-do-paradao-de-nh

domingo, 17 de setembro de 2017

Relatos de um final de semana na Serra!

Há exatamente uma semana atrás,  eu viajava para o melhor lugar do mundo. Quem acompanha o blog,  sabe o amor que tenho por minhas origens e tudo que envolve a minha infância...  Acredito que um pouco disso,  seja pela saudade do que já passou,  ou o carinho que sinto ao rememorar tanto momento bom que a vida me proporciona...  Enfim, sábado passado retornei aos meus pampas preferidos!

Chegando em Antônio Prado visitei a minha tia Helena. Mulher de nome forte, corpo forte e coração molinho, molinho... Ela,  como sempre,  nos recebeu na sacada,  gritando palavras em italiano e dizendo o quanto estava com saudade. Típica gringa 'espalhafatosa'!  Não trago essa constatação como algo negativo, não,  não...  Eu AMO isso nela! Sempre disse que,  quando eu tiver meus filhos,  se for menina,  se chamará Helena. Pois acredito que devemos dar significado as coisas e com o nome não pode ser diferente. Se minha Helena tiver as características dessa gringa de Antônio Prado, me dou como contente! Depois de muitos beijos e abraços, fui ao encontro do meu tio Félix e meu primo Diego. Tive que subir um extenso parreiral até encontrá-los.   Com chapéu de palha na cabeça e mãos firmes amarrando os brotos das videiras,  eles me receberam...  Meio envergonhados,  como normalmente são,  conversaram comigo e explicaram o que estavam fazendo. Perguntei sobre a falta de frio e o quanto isso afetava nas mudas novas que estavam vindo. Eles disseram que precisavam de mais chuva e que a geada,  nesse momento,  queimaria a plantação. Porém,  na época certa,  o frio favorece,  pois as uvas ficam mais doces...   Os dois questionaram sobre a minha vida e trabalho...  Se assustaram com a quantidade de picada de mosquito em mim e se impressionaram ao ver o quanto os 'borrachudos' me adoram!! Ehehe 
Me despedi deles e agradeci a companhia... De qualquer forma,  não queria atrapalhá-los nesse trabalho que duraria mais dois dias.  Retornando,  minha tia,  animada,  mostrou - me  suas galinhas e outros animais. Orgulhosa, fez questão que eu fotografasse um bovino gordo que estava no coxo. Depois,  vi os carneirinhos pastando campo a fora,  tranquilos e saudáveis...  A visita precisou ser rápida,  porque precisávamos nos dirigir a casa da minha avó Emília. Nos despedidos e partimos.

Grande parte do caminho é estrada de chão e muita poeira passou até que nos aproximássemos daquele humilde local,  colecionador de preciosas memórias. Senti falta da Dona Emília na sacada, como fazia de costume,  porém,  ela nos relatou que não ouviu o carro se aproximar.  Doeu ver a idade chegando também à ela.  No entanto,  isso não foi motivo de tristeza..  Amassamos e apertamos essa nona goxxtosa que só enche nosso coração de fofurice!  

Entregamos a ela uma cesta de alimentos fitness,  pois queremos Dona Emília na 'estica'. Também,  presenteamos-na com uma caixa de lápis de cor e outra de giz de cera. A felicidade dela foi ver as cores lilás e rosa,  que não faziam mais parte de sua coleção. Outra realização se deu no momento que ela descobriu que giz de cera não precisa fazer a ponta,  como mesmo disse. Não conseguimos (eu e a minha mãe) controlar essas teimosas lágrimas que insistem em cair quando tocado nosso coração. Ela mexe com a gente. 

Almoçamos sopa de agnoline (capelete) e,  durante a tarde,  enquanto vovó dormia, aproveitei para curtir o 'quintal'. O vasto terreno da Vó compete muitas plantações de árvores frutíferas,  parreiras e riachos... Rapidamente coloquei um lençol em baixo do braço,  um livro na mão e subi morro a cima. Instalei-me em frente a um riacho,  estendi o lençol e apreciei o íntimo lugar. Descrevo como íntimo,  pois cresci brincando ali. Lembro de uma vez em que estava com minha prima Mila. Era um dia quente de  verão e decidimos molhar nossos pés...  Foi colocarmos eles na água,  que sangue sugas grudaram nossos pés. Gritei como se estivéssemos sendo assaltadas!  Enquanto a Mila nos 'salvava',  retirando os bichos.  Rimos bastante disso depois...  Naquele lugar pude recordar,  sentir a brisa leve,  cantar,  imaginar,  refletir e sonhar... 

O que não fiz foi ler!  KKK Onde estava,  podia ver meu primo Rafa correr atrás de uma galinha que havia fugido e trazê-la todo orgulhoso,  mostrando que tinha conseguido pegá-la. Ouvi histórias do Rafa sobre o elevado custo que um cavalo dá mensalmente e a dedicação que precisa ter com esse tipo de animal. Lá na vó amamos bichos!  Meu primo tinha um cavalo chamado "Moro" Pude cavalgar nele durante um tempo. Até que seu filho,  João Lucas nascesse e ele,  relutante ,  tivesse que vendê-lo. Claro,  sabemos que nenês precisam de toda a nossa atenção. Também compreendemos que uma pessoa a mais mexe com o custo de vida de uma família. Enfim,  ainda temos vacas no pátio  que,  agora, pertence aos dez filhos da Vó Emília. O sábado foi chegando ao fim e com ele,  a fome dando boas vindas! Jantamos muito peixe frito,  salada,  pão e iguarias locais!  Recebemos minha tia e seu namorado. Pude matar a saudade da minha índia preferida, a Mila. Minha quase irmã e eterna confidente. Conversamos bastante e,  ao final da noite, ela precisou ir para casa e eu dormir,  pois o domingo seria cheio.





Acordamos às sete da manhã. Tomamos café e nos despedimos da pessoa excepcional que posso chamar de vó Emília. Agradecemos a acolhida e partimos para Caxias do Sul!  Isso já era umas oito da manhã. Chegamos às  nove e meia!  Minha "noneta" de noventa anos estava ansiosa!  Essa vó,  por parte de pai,  tem o melhor perfume do universo!  Duvido conhecer alguma senhora mais vaidosa que ela!  Abracei-a e ouvi sua risada estrondosa!  Questionei seu rosto,  perguntando se ela havia passado maquiagem... Adivinha a resposta: eu sim!  Kkk Linda da minha vida!  Pronta para o almoço em família!  Esse se deu em uma festa de paróquia dedicada à Nossa Senhora do bom parto. 


















Participamos da missa e ficamos para o churrasco. Devo enaltecer o quanto deliciosa estava a comida! Maravilhosa!   Conseguimos rir e curtir os familiares esse dia. Enquanto isso, via a minha vó ,  vidrada nos números do sorteio,  com medo de ganhar algo e não perceber. Noventa anos,  mas cabeça de vinte!  Hehe Amorosa e feliz,  minha avó Jenny falou que a maior felicidade dela era ver toda a sua família unida. Não podíamos fazer diferente,  Dona Jenny!  Ao término, tiramos a clássica foto de família e nos despedimos. Saímos contentes e com o coração carregado de coisas boas,  vividas nesses adorados dois dias...  Entramos no carro e nos dirigimos para casa. 





Resumidamente,  tentei externar um pouco do que foi esse tempo dedicado às melhores pessoas que eu poderia ter. Dizer que na vida,  o que fica são os momentos que passamos com quem amamos. Cada vez mais aprendo o quão valiosa são as pequenas coisas... Obrigada, Antônio Prado, Ipê,  Caxias...  Obrigada Dona Helena, vó Emília e vó Jenny,  por me proporcionarem preciosas lembranças!  Obrigada vida,  por me fazer viver e reviver sempre mais,  aquilo que me faz bem. Obrigada.













    (PÉ NA ESTRADA À NH-RS)                                                           (ANTÔNIO PRADO-RS)                                                                                                                                                                                           
                                                  (IPÊ- RS)